GABRIEL BATISTA E WLTN
REAL | VIRTUAL | CORPO | MÁQUINA | DIGITAL
GABRIEL BATISTA E WLTN
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GABRIEL BATISTA E WLTN
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REAL | VIRTUAL | CORPO | MÁQUINA | DIGITAL
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SINTOMAS | COLETA
GABRIEL BATISTA,
artista visual, graduando do curso de Artes Visuais na Universidade Estadual de Maringá (UEM), transita entre os ares das cidades de Maringá e Cianorte, desenvolve experimentações nas áreas de fotografia, vídeo e ilustração, afetando-se também com possíveis relações entre as artes visuais e cênicas, e possuindo interesse na área de pesquisa em arte contemporânea e nas relações entre arte, subjetividade e cultura de massa.
"Os pandêmicos deslocamentos da percepção, convertida em um olhar para um mundo em primeira pessoa, para a janela, para o quintal, ou transcendida em um olhar em terceira pessoa, para sua própria face, para a câmera de selfie. O que sobra da visão de si mesmo quando condicionada à visão virtual do outro? Se num mundo pré-Covid já existia a dependência do olhar de outrem para os julgamentos de si, no durante-pandêmico este olhar se apresenta exclusivamente em versão distante e tecnológica, e o julgamento se dá em cima de mil personagens criados exclusivamente para a rede. Quem é quem no feed? O que sobrevive ao off-line? O que aproxima o eu visual/virtual de quem vê? Afinal, quem o espectador quer ver? Eles te acham tão gostoso a ponto de te querer cru? E o que isso importa? A imagem criada através das câmeras é tão elaborada que beira o irreal. Ainda existe algo como um eu-analógico - aquele formado antes da exposição virtual? Como fugir de toda essa interação e abdicar do personagem, sem se isolar completamente da sociedade numa vida completamente offline (se é que esse completamente’ é possível)? E como não fugir do ensimesmamento deste processo?"

CAROLINE YUKARI E YASMIN FORMIGA
CORPO | INTERNO | EXTERNO | ORGANICIDADE | INCORPORAR
SINTOMAS | COLETA
CAROLINE YUKARI
23 anos, Maringá-PR. Exploro o espaço tátil na arte com esculturas em instalação e performance, inter-relacionando os estudos culturais, de gênero e sobre o suicídio.

SINTOMA
Caroline Yukari, dores e delícias de um tempo-espaço pandêmico, 2020
"Reclusos em casa, presos a si quantos demônios nos assombram... Passado, presente e futuro se fundem em pura ansiedade. Mas a carcereira sou eu que cuida da presa com sua devida distância. Será? Ela sou eu e eu sou ela, contudo, quais são as dores e delícias que nos atravessam separando e conectando?"
Quando vale a/pena?
Nada vem a cabeça.
Sinto a força de cada passo.
Tudo me enrijece.
Padeço,
Careço
De dor.
VAZIO,
Não sinto nada...
Choro,
Como o programado.
Sou uma carcereira à
espreita
Da primeira lágrima da
prisioneira.
Repentinamente bem.
Já não me suporto mais,
Conto a todos meus planos
suicidas.
Ainda pulso!
Deixe de ser maliciosa,
Dirão alguns.
Tenho uma falta de jeito em
viver,
Passos apressados,
Riso fácil,
Fala imprecisa,
Sempre deixo a esperança
de algo melhor por vir
Sou
Garota King Kong!
YASMIN FORMIGA
Busco mostrar minha essência sertaneja para que desvios possam ser imaginados, seja com matéria orgânica, com o corpo-espaço, com a land art espalhada pelas matas da caatinga construindo dessa forma relações de afeto com o ambiente. Me interessa trabalhar com esculturas, objetos do cotidiano, instalação, pintura e a performance como linguagem principal do meu fazer artístico. O pano de fundo de minha pesquisa fundamenta-se em eixos temáticos de memória e esquecimento, pertencimento e indícios, cotidiano e encontros, corpo e espaço, convergindo em reflexões a respeito da rede de relações rizomáticas que podem ser criadas e infiltradas nesse contexto. Também afirmo um caráter social político nesse cerne, trabalhando com objetos relacionais em ambientes onde a arte não alcança, tendo a denúncia como fonte para um alcance maior de despertar coletivo. Artista Visual e ativista, considero a arte como meio principal para uma transformação social, incluindo trabalhos interativos, como educadora, que fazem emergir um despertar sensitivo e criativo. Também utilizo do meu trabalho como manifestação política levando críticas sociais de gênero através da performance onde prossigo ativa em espaços públicos propícios a uma troca de aprendizado.fronteira entre o Eu e o Mundo. Artista Multilinguagem, em 2017 participou da performance "Canta Pra Moça Subir", em parceria com o coletivo e espaço cultural Torta, Campinas -SP, assinando as visualidades com pituras, vídeo-arte e cenografia. Em 2018 realizou a performance "Bacia de Pia é 2 ou o Dia que um Lagarto subiu no Ônibus" João Pessoa -PB, em coletivo com alunos dos cursos de Artes Visuais e Artes Cênicas da UFPB. Em 2019 compõe o time de curadoria da exposição coletiva "Mancha" na Pinacoteca da UFPB.

SINTOMA
Yasmin Formiga, Encontros Orgânicos, 2020.
ENCONTROS ORGÂNICOS
"Por onde caminho me relaciono. Meu corpo carregado de processos se magnetiza inevitavelmente à procura de qualquer tipo de relação externa, seja em organismos vivos ou em alguma matéria sem conter um átomo de vida, seduzindo-me a uma troca de afloramentos que serão sentidos naquele instante único. Contrastes são percebidos quando ainda me sinto presa à própria matéria, ou quando me desapego dela. A libertação vem quando me permito fazer parte da mesma vitalidade que se encontra presente no interior do meu corpo, entendendo a minha união com o todo. Como ser-humana encarnada em um plano terrestre ainda me vejo presa ao materialismo em meio a processos orgânicos incessantes que me mostram diariamente novos caminhos, me convidando e me dando espaços para retornar a minha essência. A percepção do que é real acontece quando me vejo fazendo parte de cada átomo que sustenta o ar, assim me interligo."






SINTOMA | PÓS CONTÁGIO
CAROLINE YUKARI
AFETAR-SE, 2020
"Sintomas... Como falar de nós, das dores e delícias que nos atravessaram nesse tempo-espaço pandêmico? Escolhi ir a fundo das minhas entranhas e de lá o quanto de todos nós ela diz. O afetar-se... Não escolhemos quem, o tempo nem o lugar que nos toca viver, simplesmente nos fazemos em meio a eles, movendo, embaraçando e desembaraçando as nossas realidades e sociabilidades, enfim as formas e forças dos nossos existir-corpos em constante contaminação. Trago aqui os afetos múltiplos e ordinários da minha fome por afetar-se que cresce e se espalha como erva d’aninha, proliferando sem medo dos efeitos colaterais..."
Você tem fome de quê/m?
Cresço e me espalho como erva
d’aninha.
Cresço só?!
Ao avesso quimeras mil...
Minha frágil saúde se alimenta
Da fome do afetar-se,
Encarneço-me de todos.
Somos coetâneos.
Facilidade nenhuma há!
Cresço e me espalho como erva
d’anin
Cresço e me espalho como erva
d’aninha.
YASMIN FORMIGA
Você faz Parte, 2020
Sede daqui, vídeo, 2020


