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PRIMAVERA E PHILIPPE DIAS

PALAVRA | ILUSTRAÇÃO | MEMÓRIA | SAUDADE | TEMPO

SINTOMAS | COLETA

PRISCILA SOUZA

atende pelo nome artístico Primavera, é graduanda do quarto ano de artes visuais, trabalha majoritariamente com ilustração em aquarela e uma enorme vontade de reverenciar a figura feminina enquanto angustias, cotidiano e forma de poder, sejam guerreiras, bruxas, samurais, casais lgbt, deusas etc.
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SINTOMA

     "Dentre todos os sintomas que tive, o mais forte foi a necessidade de falar do outro, porque de certa forma mesmo que de longe o outro me toca. Durante essa pandemia tenho convivido e morrido um pouco a cada dia com a ideia de que talvez muitas pessoas que amo não estejam aqui para comparecer nos encontros que marcamos para o final da quarentena, visto que muitos de meus amigos e parentes estão enfrentando essa luta na linha de frente em hospitais. Dentre essas pessoas, minha tia, um grupo de risco, dias longe de casa, abriu mão do doutorado para se dedicar aos plantões. Assim, penso que sem muitos conceitos profundos, confusos ou abstratos eu só quis escrever um trecho de uma das conversas que tivemos; ilustrado pois fazem meses que não a vejo, só imagino. Ninguém sabe quem ela é por traz da máscara mas eu sei, seu nome é Ione, sei que gosta de gatos, que tem o riso alto e também sente medo, calor e angústia.

      No meu processo o material era de uma importância simbólica muito grande e dentre todos os que trabalhei nenhum me falou tanto quanto o papel, a fins de mensagem, ponto, códigos e conexões nem o vidro nem o tecido me tocaram tanto quanto um envelope de carta. Imagino que eu não esteja presa em casa e sim dentro de um celular e nem mesmo rabiscar a tela de um celular quebrado conseguiu mobilizar minhas emoções tanto quanto um desenho murcho num papel de envelope. Essa foi a última mensagem que trocamos, penso que por enquanto seja isso o que tenho a dizer.

Atenciosamente,

 

Primavera."

PHILIPPE DIAS

Philippe Dias iniciou sua produção artística em 1998,

tendo aulas de pintura a óleo em Artur Nogueira, SP,

com o professor e pintor Tomás de Aquino.

Em 2005 mudou-se para Campinas e se formou

técnico em design gráfico pela Arquitec Escola de

Arquitetura e Design, sob a orientação do arquiteto e

artista Paulo de Tarso Souza.

Em 2010, estudou xilogravura no Instituto Tomie

Ohtake em São Paulo, aprofundando seus estudos

sobre cor e contraste.

Em 2015 foi selecionado para a residência artística

'Poéticas da Vila', proposta pela Companhia de Teatro

Verónica Fabrini,em Campinas, SP.

Em 2016 mudou-se para a cidade de João Pessoa e

ingressou na graduação em artes visuais da

Universidade Federal da Paraíba. No mesmo ano,

participou da exposição coletiva "Projeto Gorjeio",

realizada na Galeria Lavandeira, localizada no Centro

de Artes Visuais da UFPB.

Em 2017 foi selecionado para o projeto SESC

Confluências, realizado no SESC Cabo Branco, em

João Pessoa.

Em 2018 realizou sua primeira exposição individual no

Nordeste, intitulada ‘Reconstituição’, na Galeria

Lavandeiras do Centro de Artes da UFPB.

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Philippe Dias, Sintoma, 2020.

SINTOMAS | PÓS CONTÁGIO

PRISCILA SOUZA

Primavera, Fazia tempo que ñ te via, 2020.

PHILIPPE DIAS

Sem título, Colagem digital, 2020.

Sem título, Colagem digital, 2020.

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